Título original: Honey Don’t!

Direção: Ethan Coen

Roteiro Ethan Coen, Tricia Cooke

Elenco: Margaret Qualley, Aubrey Plaza, Chris Evans

1h 29min/comédia, policial

Distribuidor: Universal Pictures Brasil

País de Origem:

O espectador irá sim se vislumbrar, porque as primeiras cenas de Honey Don’t! são realmente muito boas, mas, quando o filme começa…

Depois de uma boa sequência de abertura, o filme começa com a detetive particular Honey (Margaret Qualley) encontrando-se com o detetive Matakawich no local de um terrível acidente de carro. 

À primeira vista, você pode se depreender que a vítima ligou para Honey para marcar um encontro, daí o suspense: será que pode ser algo mais do que um acidente?

Ao seguir sua intuição, além de outra pista de um cliente diferente, Honey embarca em uma investigação que a leva por toda a cidade em busca da verdade.

Reprodução:Prime Video

Aí a saga do infortúnio se inicia…

Quem não gosta de Chris Evans, (Capitão América) e de  Margaret Qualley (Drive-Away Dolls) e quer, de verdade, assistir a um trailer dirigido por  Ethan Coen (Queime depois de ler)?

Contudo, há  dois elementos principais, sexo e violência, que não podem ser subestimados neste filme de Ethan Coen, Honey Don’t!

Acredito que a intenção do diretor era que a mensagem do longa atravessasse as telas  para mostrar como esses dois elementos podem transformar o ser humano e revelar personalidades distintas em seu estado mais primitivo.

Contudo, em Honey Don’t! Coen até tentou, mas não conseguiu elevar a essência dessas sensações.

Não será por acaso que o diretor, com essa técnica já conhecida pelo espectador, desejasse ultrapassar esse estado primitivo, podemos dizer, meramente natural, para algo maior que rompesse com o aparente e revelasse o instinto animal que existe em cada ser humano.

Na sucessão de cenas fortes e violentas, percebe-se que o diretor não consegue chegar a esse patamar por cair demais em jargões e pelo excesso de clichês! 

E mais, se o desejo  de Coen foi mostrar como a justiça funciona, ele não teve muito cuidado e se deixou levar por um tema monótono e batido.

O diretor Ethan Coen, se direcionou sem sucesso ao que ele mesmo classificou seus filmes como Trilogia de Filmes B de Lésbicas, ao lado de sua esposa, a roteirista Tricia Cooke, ao protagonismo de Margaret Qualley, como investigadora da morte de uma jovem, é o melhor aspecto do filme. 

Será que basta?

O primeiro Garotas em Fuga, cujo enredo se desenvolve a partir de uma viagem um tanto perigosa, quando as amigas se envolvem com criminosos.

O segundo narra como uma detetive investiga uma série de assassinatos que a levam ao mundo de cultos religiosos, com muitos segredos.

É uma comédia de humor negro na qual Qualley vive uma personagem que pretente subverter a imagem já contruída de detetives em filmes noir que ganharam tano relevo nos anos de 1950.

No longa, é a detetive Honey O’Donahue, interpretada por Margaret Qualley, o ponto alto da narrativa.

Na verdade, o carisma da atriz é o que chama a atenção e prende o espectador.

Margaret Qualley vive a versão feminina dos detetives que criaram o delicioso imaginário dos melhores filmes noir.

Ela está sempre pronta para dar respostas rápidas, mas sempre deixando transparecer um sarcasmo à flor da pele.

Contudo, não adianta somente essa interpretação, pois, quando se vê a narrativa por um todo, nada permanece.

E Chris Evans?

Não é nada legal ver um personagem completamente desvinculado de uma atuação.

Não ficou nada bem vê-lo como um líder religioso, um pastor corrompido, que só pensa em sexo, especialmente se se lembrar do premiadíssimo Onde os Fracos não tem Vez (2007).

Embora não estejam mais juntos, foi uma verdadeira consagração dos irmãos Coen ao mostrarem um filme repleto de tensão, marcado pela uma atuação incrível de Javier Bardem, como o terrível e assustador vilão Anton Chigurh, que impactou a história do cinema. (os críticos dizem que aquele cabelo bizarro foi sugestão do próprio Bardem😉). Isso é mergulhar de cabeça no personagem.

Aqui não há comparação, é apenas para acender uma crítica sobre os vilões serem bem construídos e minimamente ajustados.

Infelizmente, o Reverendo Drew permeia entre sátira e comédia improvisadas.

Nesse ponto, o  espectador não consegue acompanhar um roteiro que persegue várias direções, como fios de uma teia que não conseguem evoluir.

Tributo aos filmes noir?

Se o propósito de Ethan Coen foi fazer um tributo aos filmes noir (1940 e 1950), faltou um pouco mais de entrelaçamento da trama, um bom suspense e tensão na medida certa, uma vez que filme noir se concentra em tramas complexas e sombrias, os heróis mantém personalidade mais cínica, além de uma atmosfera que transita entre o pessimismo e a desilusão. 

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